O que é produto biodegradável?
Os produtos biodegradáveis vêm ganhado muita importância nos últimos tempos, visto o aumento da consciência da população mundial para a conservação do meio ambiente.
Nesse contexto, eles são imprescindíveis para a manutenção da biosfera em perfeito funcionamento, isto é, ajudam a permitir que a vida da forma que conhecemos hoje permaneça existindo.
Eles são chamados assim graças à sua grande facilidade de se degradar por ação biológica, a exemplo da atividade de bactérias. Além de uma rápida decomposição, para serem classificados de biodegradáveis, não podem gerar resíduos poluentes que se acumulem na natureza.
Em geral, os resultados da decomposição desses produtos são dióxido de carbono (CO2), água e material biológico. O que confere a eles a capacidade de serem reintegrados à natureza gerando o menor impacto possível aos seres vivos e ao meio ambiente.
Outro ponto importante é a origem da sua matéria prima, do que são feitos. Em grande parte, eles são produzidos a partir de produtos biológicos, por exemplo o plástico ecológico ou bioplástico, proveniente de resíduos vegetais como amido de milho, cana-de-açúcar, soja, arroz.
Isso torna, também, seu processo de produção muito menos agressivo ao meio ambiente. Diferente do plástico proveniente do petróleo, por exemplo, que lança gases nocivos a camada de ozônio e dejetos sólidos com alta toxidade no seu processo de formação.
Para serem comercializados como produtos ecológicos, devem-se seguir normas técnicas e padrões, como as preconizadas aqui no Brasil: ABNT, NBR 15448, entre outras regras. Com isso, recebem o selo de certificação que garante a sua origem ecológica.
Como os produtos biodegradáveis são classificados?
São vários os tipos de produtos biodegradáveis já existentes e outros ainda vêm sendo estudados. Eles podem ser classificados de inúmeras formas: quanto à origem, tempo de duração, finalidade, itens mais específicos relacionados à composição, etc. Alguns dos mais famosos são:
Plástico
Muito embora todos os plásticos sejam degradados por ações da natureza, reserva-se o nome biodegradável para aqueles que se decompõem em um curto espaço de tempo. Algumas normas internacionais consideram 180 dias o tempo limítrofe, e que sua matéria prima seja de origem renovável.
Em geral, os produtos de origem ecológica são feitos a partir da celulose, amido, chitina, entre outras substâncias. O que permite uma reintegração saudável à natureza, visto que esses compostos servem de alimento para microrganismos.
O plástico é hoje algo imprescindível, pois está presente em praticamente tudo no nosso dia a dia como sacolas, garrafas de água, embalagens de produtos, etc. Por isso, a poluição por esses produtos vem sendo cada vez mais preocupante, tendo em vista o grande período de degradação dos itens de origem do petróleo (centenas de anos).
Nesse cenário, o bioplástico é uma solução para a grande acumulação desses materiais na natureza. Afinal, como foi dito, possui a grande poder de se decompor gerando compostos pouco ofensivos.
Entretanto, é importante tomar cuidado na hora de descartar os bioplásticos, porque eles não devem seguir junto ao material de reciclagem. O motivo é eles apresentarem temperatura de fusão muito diferente, podendo ser contaminados no processo de reciclagem pelos plásticos comuns.
Detergente
O detergente biodegradável é um tipo de detergente que pode ser facilmente absorvido pela natureza e não agride tanto o meio ambiente. Ele é oxidado de forma natural pelas bactérias do meio, o que o torna melhor para decompor em relação aos outros tipos de detergente.
Os detergentes não ecológicos dão origem à espuma branca muito densa que se acumula em lagoas, rios e mares. O maior entrave desse tipo de espuma é o impedimento à entrada de oxigênio na água, o que provoca a morte dos peixes, aves e outras espécies que dependem desse habitat.
Os sabões e detergentes mais antigos utilizavam substâncias conhecidas como surfactantes, que são capazes de alterar a tensão superficial da água (para remover a sujeira com mais facilidade), em que podemos observar uma composição com cadeia de hidrocarbonetos ramificados.
Já os detergentes de origem natural possuem cadeia muito mais simples, que não produzem a temida espuma esbranquiçada que agride os ecossistemas.
Tecido
É uma tecnologia relativamente recente, e o Brasil foi um dos pioneiros, com vários substratos utilizados na confecção dos tecidos biodegradáveis.
Uma tecelagem paulistana desenvolveu um dos primeiros tecidos ecológicos do mundo, com material composto por fios de poliamida, que permite uma decomposição mais rápida após descarte.
A decomposição desse tecido acontece em 50% no primeiro ano e, em 3 anos, o material já está totalmente decomposto. Muito diferente das décadas necessárias pelos tecidos habituais.
Outro tipo de tecido é o TNT, material confeccionado à base de polipropileno e viscose, com características atóxicas e semipermeáveis.
O TNT é conhecido como “Tecido não Tecido”, pois não é feito da maneira convencional, sendo ele composto por polímero 100% em polipropileno. Ele é feito em processo semelhante ao de fazer papel. Seu prazo de decomposição é de 6 meses a um ano.
O “S.Cafe” é outro exemplo de tecido biodegradável. Trata-se de uma nova fibra que recicla as borras do café. Aparentemente, o café tem propriedades para mascarar os odores naturais do corpo sem deixar cheiro nas roupas.
Diz-se que as borras de café requerem menos energia no processo de fabricar a fibra do tecido, tornando-se uma alternativa mais sustentável aos tecidos tradicionais.
Uma novidade é que alguns pesquisadores de Hong Kong estão transformando resíduos alimentares em tecidos biodegradáveis. Este é um novo processo biológico utilizando o desperdício de alimentos como matéria-prima para produzir fibras de ácido polilático (PLA).
A tecnologia utiliza um processo de fermentação para produzir ácido lático. Este é então polimerizado e fiado em fibras.
Desengraxante
A remoção de óleo, cera e graxa com desengraxante biodegradável, como o Remoil 18, apresenta-se como uma limpeza muita mais segura não apenas para o ambiente, mas também para o usuário.
Por não liberar compostos voláteis, torna desnecessária a utilização de EPI (equipamentos de proteção individual), o que diminui os custos de operação.
Sua ação é similar aos detergentes, diminuem a tensão superficial de líquidos, formando micelas. Ou seja, desagregam moléculas de gordura em forma de pequenas bolsas rodeadas pelo desengraxante, facilitando a remoção de superfícies.
O produto biossustentável, Remoil 18, atua desagregando as moléculas de gordura presas no motor. Em casos moderados, três minutos bastam para amolecer o acúmulo de gordura e óleos. No entanto, em motores com sujeira profunda, vale a pena deixá-lo agir durante cinco minutos antes do enxágue.
Caracterizam-se por ser biodegradáveis por possuírem uma taxa de desintegração maior de 85% e um Ph neutro, diferentemente dos comuns, que se mantêm na natureza por longo período de tempo e podem ser bioacumulativos.
Desengraxantes comuns são feitos à base de solventes, o que os tornam inflamáveis, liberadores de compostos orgânicos voláteis e prejudiciais à saúde e ao ambiente.
Já os ecologicamente corretos preservam o óleo por mais tempo e deixam intervalos de substituição do lubrificante maiores. O que o torna, no fim das contas, muito mais viável pelas inúmeras vantagens apresentadas.
Qual a diferença entre um produto biodegradável e um não biodegradável?
Os produtos biodegradáveis são de origem natural e sua decomposição não agrava o meio ambiente, podendo, até mesmo, ser benéfica por ser uma forma de energia para microrganismos.
Os não biodegradáveis são, em geral, sintéticos de origem do petróleo e compostos por metais pesados, como no caso das pilhas comuns. Desde seu processo de produção liberam produtos tóxicos ao meio ambiente, poluindo o ar, as águas e o solo.
Esses produtos podem se bioacumular em seres vivos da base da cadeia alimentar até chegar ao ser humano, causando doenças, entre estas o câncer.
Por não se degradarem facilmente — como o caso do plástico de origem do petróleo, que pode passar 500 anos para se decompor —, eles se acumulam em aterros sanitários. Isso, quando há uma boa conduta no descarte desse material.
Infelizmente, não é incomum verificar o descarte incorreto, fazendo com que esse tipo de produto prejudicial à natureza seja encontrado poluindo os mais diversos locais.
Por exemplo, em uma pesquisa divulgada no periódico científico Global Change Biology, produzido pela Universidade de Queensland, na Austrália, aponta-se que, pelo menos, metade das tartarugas marinhas de todo o mundo já comeram plástico e/ou outros derivados produzidos por seres humanos.
Enfim, a diferença conceitual é que um é capaz de ser digerido rapidamente por meios biológicos sem gerar produtos tóxicos ao meio ambiente, à medida que o outro tem um longo tempo de degradação, geralmente, não sendo digerido por microrganismo e apresentando produtos extremante tóxicos ao ambiente.
Além disso tudo, temos a diferença nos ganhos e perdas que eles trazem à bioesfera e aos seres vivos como um todo.
Portanto, é preciso haver uma conscientização de que produtos não biodegradáveis afetam os ciclos de vida terrestre. Enquanto os biodegradáveis quase que totalmente são benéficos ao meio ambiente.
Ressaltam-se como se interfere nos ecossistemas tanto diretamente, como no já citado caso das tartarugas, assim como indiretamente, por ação de seus subprodutos tóxicos e teratogênicos, resultados do processo de decomposição ou pela sua composição nociva.
Por que deve-se usar o produto biodegradável, sempre que possível?
A utilização de produtos biodegradáveis traz benefícios notórios à natureza a curto, médio e longo prazos. Os impactos que os produtos derivados do petróleo, entre outros, trouxeram estão deixando nosso planeta fragilizado e correndo riscos de perder muito da sua biodiversidade.
Medidas devem ser tomadas e uma consciência ecológica, em nível global, deve ser atingida em torno da proteção ambiental e meios de conter a degradação do ambiente.
Produtos como Remoil 18 devem ser estimulados e preferíveis frente aos não ecologicamente corretos, visto o grande impacto causado pelo último.
Ainda há uma grande resistência do mercado para aceitar tais produtos, por conta do preço, às vezes, um pouco mais caro, como é o caso das sacolas plásticas biodegradáveis.
Contudo, à medida que se vai consumindo mais, aumenta-se a demanda do mercado e, com isso, ocorre a queda dos preços. Haverá incentivo para se produzir cada vez mais, aumentando também a pesquisa na área e a descoberta de novos materiais mais baratos e melhores.
Outros produtos — o detergente ecológico é um deles — apresentam uma qualidade superior aos de grande nocividade. Muito embora não seja tão propagado pela mídia, por não ser do interesse das grandes empresas que comandam o mercado atual.
O principal ponto a ser observado, sem dúvida, deve ser o ganho da natureza e da saúde. Afinal, além de serem praticamente inofensivos ao ambiente, o ser humano é recompensado com uma melhor qualidade de vida.
Assim, produtos biodegradáveis oferecem a vantagem de apresentar decomposição completa e bem mais rápida, contribuindo para o menor acúmulo de lixo no planeta.
É importante procurar produtos que apresentem selos com certificação ambiental. Cada vez mais são disponibilizadas opções para quem quer viver uma vida com mais saúde e respeito à natureza.
Lembrando que, mesmo sendo ecológico, o correto descarte é fundamental, pois, uma vez colocado em um local inapropriado, ele pode perder boa parte da sua funcionalidade e das vantagens.
Logo, utilizar esse tipo de produto deve ser um hábito, bem como não jogar lixo no chão.
A partir da conscientização ambiental, que pode ser promovida por ações educacionais nesse sentido, é possível zelar pela manutenção do nosso planeta, de forma a desenvolver hábitos de respeito ao meio ambiente.
Nesse contexto, os produtos biodegradáveis mostram que é possível desenvolver-se com qualidade e respeito à vida, sem que haja mais perdas para o nosso desenvolvimento.
Agora que você sabe a importancia do consumo consciente acesse nossos produtos e conheça